não valerá a pena pensar nisto?
Descobrir que a consciência de morrer é, paradoxalmente, condição do gosto de viver?
Não valerá a pena olharmos para o inevitável e, em vez de fazer batota, procurarmos modos novos de viver a morte nos tempos novos em que estamos, em vez de fazer de conta que não morremos?
Não será melhor enfrentar que fugir, acompanhar que abandonar?
Não será melhor sermos verdadeiros connosco próprios e sermos verdadeiramente o que somos?
E podemos ser autenticamente o que somos sem admitirmos que morremos?
E como tornar humana a morte - e, portanto, a vida de que ela faz parte! - se nos escondemos da consciência da nossa mortalidade e nos afastamos daqueles que morrem?
A aceitação é um caminho, diria uma oportunidade de encontrar novas formas de vida, sim, de uma vida multiplicada e multiplicada.